quarta-feira, agosto 26, 2015

Atenção, fãns de astronomia: Setembro tem eclipse total de Superlua Sangrenta

O Mês de Setembro é um dos mais interessantes para os fãs de Astronomia aqui no Brasil. Dois eventos serão visíveis em nosso país e um deles não deve se repetir tão cedo. Então pega a sua agenda e anote:

Netuno em oposição

No primeiro dia do mês, o planeta Netuno entrará em oposição ao Sol, visto da Terra. Será um dos melhores dias do ano para avistar o astro e fotografá-lo com equipamentos especiais. Caso você consiga um bom registro do planeta, mande para a gente!


Eclipse total da Superlua Sangrenta

A segunda e maior Superlua do ano acontecerá no dia 28 de setembro, e nós aqui do Brasil poderemos acompanhar o evento de camarote. Além de ser o ponto máximo de aproximação da Terra e seu satélite natural, que faz com que a Lua pareça estar maior, neste dia também teremos o único eclipse do ano visível no Brasil.

Etapas de um eclipse lunar completo gerando a Lua de Sangue
E para melhorar: será um eclipse lunar total! Outro desses só em 2019, então não dá para perder. E tem mais: esse eclipse produzirá a Lua Sangrenta (ou Lua de Sangue, como você preferir chamá-la), que é quando a sombra da Terra começa a atingir o satélite deixando-o com uma cor avermelhada. Isso deverá começar por volta das 22h e cerca de uma hora depois a Lua terá “sumido” completamente. O céu só voltará ao “normal” perto de 1h30 da madrugada.

Stephen Hawking: 'Buracos negros podem ser passagens para outra dimensão'


Normalmente caracterizados como turbilhões inescapáveis de destruição, os buracos negros vêm intrigando cientistas – e cineastas – há muitos anos. Ao longo do tempo, a noção de que esse fenômeno espacial pudesse servir como uma porta de entrada para outras dimensões sempre foi vista como algo fantasioso. Agora, no entanto, ninguém menos do que o renomado Stephen Hawking afirma que isso é perfeitamente possível.

Durante uma palestra recente no KTH Royal Institute of Technology, em Estocolmo, o cientista apresentou uma nova teoria por meio da qual consegue não somente resolver problemas que empacavam hipóteses anteriores há mais de 40 anos, mas também reforçam a possibilidade acima. Antes de partirmos para explicar a novidade, no entanto, é preciso entender um pouco mais sobre o assunto.

Desfazendo o nó

Quando uma estrela gigante vermelha entra em supernova e deixa para trás um núcleo com uma massa considerável, esse material remanescente pode entrar em colapso e dar origem àquilo que chamamos de buraco negro. Com uma enorme força gravitacional, o fenômeno passa então a atrair objetos físicos que se aproximem demais – e é nesse ponto em que os cientistas começam a ter problemas.



Segundo os cientistas defensores da teoria da relatividade geral, as informações que determinam o estado físico de tudo o que cai em um buraco negro são simplesmente obliteradas por sua imensa gravidade. Por outro lado, os seguidores da mecânica quântica argumentam que esses dados permanecem intactos. Esse conflito entre hipóteses já dura mais de quatro décadas e recebeu o nome de “Paradoxo da Informação”.

Com a nova teoria de Hawking, no entanto, surge uma terceira opção que pode colocar um fim à discussão. Segundo ele, na realidade a informação não chega até a parte interna do buraco negro, mas sim fica armazenada na sua região de fronteira – conhecida como “horizonte de eventos” ou “ponto de não retorno”. Assim, os dados sobre as partículas sugadas ficariam na superfície, assumindo a forma de hologramas, imagens residuais 2D dos objetos 3D originais.

Passagem só de ida

O cientista ainda explica que essa informação, no entanto, não fica presa permanentemente por conta da atração gravitacional do fenômeno, mas pode escapar de volta para o espaço graças à “radiação Hawking”. Segundo esse conceito, alguns fótons podem ser ocasionalmente ejetados de um buraco negro devido a flutuações quânticas aleatórias.

Nesse momento, os fótons emitidos acabariam carregando consigo as informações “armazenadas” no horizonte de evento, mas “corrompendo” os dados. “A informação sobre as partículas entrantes é devolvida, mas em uma forma caótica e inútil. Isso soluciona o Paradoxo da Informação. Para todos os propósitos práticos, os dados acabam perdidos”, pontua o pesquisador.


Outra opção de escapatória que Hawking diz ser possível, no entanto, é a passagem desse material para uma dimensão diferente. “A existência de histórias alternativas com buracos negros sugere que isso é uma possibilidade. O buraco teria que ser grande e, se estivesse em rotação, poderia ser uma porta para um Universo diferente. Mas você não conseguiria mais voltar para o nosso”, concluiu o cientista.

In: TecMundoEngadget/Andrew Tarantola; MC

Autenticidade do “Evangelho da Esposa de Jesus” é novamente questionada

 Em 2012, uma equipe de cientistas da Universidade de Harvard liderada pela pesquisadora Karen King divulgou a descoberta de um papiro do século 4 — de apenas 4 x 8 centímetros — cujo texto sugeriria que Jesus de Nazaré teria sido casado com Maria Madalena.

Conhecido como “Evangelho da Esposa de Jesus”, o polêmico fragmento teria sido redigido em copta — um antigo idioma utilizado no Egito por volta do século 3 — com tinta preta e traria as frases “Jesus disse a eles, minha esposa...” e “Ela poderá ser minha discípula”. Além disso, o texto faria referência a uma “Maria” que os pesquisadores acreditam ser Maria Madalena.

Karen King com o papiro
Evidentemente, a autenticidade do papiro foi contestada na época, e, no ano passado, os cientistas de Harvard divulgaram os resultados de testes realizados no fragmento que apontaram que ele seria autêntico. Como era de se esperar, a notícia gerou uma enorme discussão e, agora, depois de alguns detalhes sobre a origem da relíquia virem à tona, a legitimidade do supostoEvangelho da Esposa de Jesus está sendo questionada novamente.

Origem duvidosa

De acordo com Owen Jarus do portal Live Science, o proprietário do papiro — que insiste em manter a identidade em sigilo — contou que adquiriu a relíquia de um homem chamado Hans-Ulrich Laukamp em 1999, juntamente com outros documentos em copta. Laukamp, por sua vez, teria comprado os itens em 1963, em Postdam, na Alemanha, cidade que, então, ficava no lado oriental do país.

Cópia do contrato com a assinatura de Laukamp

Acontece que, segundo Owen, depois que Laukamp faleceu — em 2002 —, a alegação de ele teria possuído as relíquias foi negada. Isso porque tanto a pessoa que representa a família do alemão como um antigo sócio do homem disseram que ele jamais se interessou por antiguidades e nunca colecionou uma peça sequer. Além disso, Laukamp vivia na Alemanha Ocidental em 1963, o que significa que ele não poderia ter ido até Postdam na época.

Os pesquisadores de Harvard alegam que o proprietário anônimo apresentou ao grupo a cópia de um contrato de compra e venda de seis fragmentos de papiro. Esse documento traz a assinatura dos envolvidos e a data da negociação, assim como uma nota escrita à mão explicando que as relíquias haviam sido adquiridas por Laukamp na Alemanha Oriental em 1963.

Mais evidências polêmicas


Segundo Owen, outra descoberta também indica que o papiro pode ser falso. Após a divulgação dos testes feitos em Harvard, um pesquisador chamado Christian Askeland avaliou um segundo papiro da coleção do proprietário anônimo. Esse documento contém um trecho do Evangelho de João e, assim como os demais itens, também teria sido comprado de Laukamp e passado pelas mesmas análises de datação — obtendo o mesmo resultado.

Só que Askeland descobriu que tanto o texto como as quebras de linha são idênticos aos de outro papiro que aparece em um livro publicado em 1924. Esse segundo papiro foi redigido em um dialeto extinto do copta chamado Licopolitano e traz várias semelhanças com o Evangelho da Esposa de Jesus — o que levou o pesquisador a concluir que os dois fragmentos fornecidos pelo homem anônimo foram produzidos pela mesma pessoa e provavelmente são falsos.

Trecho do Evangelho de Tomé
Além disso, outros cientistas apontaram que o texto em copta do papiro sobre a esposa de Jesus é bastante similar ao presente em outro documento cristão conhecido como Evangelho de Tomé, cuja cópia online se tornou pública em 2002. Pois esse texto tem um erro gramatical, e o papiro polêmico traz o mesmo erro — o que serve para reforçar a lista de argumentos a favor de que a relíquia tenha sido forjada.

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esquisadores da Universidade de Columbia, nos EUA, devem publicar em breve um estudo detalhado realizado com os papiros que deve confirmar a autenticidade dos fragmentos. No entanto, como você viu, parece que a briga sobre a legitimidade dos documentos nunca vai ter fim. De qualquer forma, vamos tentar manter-vos informados das próximas controvérsias sobre o tema!


In: Live Science/Owen JarusTimes of Israel; Megacurioso