Planetas detectados pelo telescópio Kepler são ligeiramente maiores que a Terra e estão a 1.200 anos luz de distância
A Nasa, a agência espacial americana, anunciou a descoberta dos dois planetas mais "habitáveis" já descobertos.
Eles são ligeiramente maiores que a Terra e orbitam uma estrela a 1.200 anos-luz da Terra.
Segundo os cientistas, os dois planetas têm a dimensão
correta e estão a uma distância ideal da estrela hospedeira para criar
as condições para a existência de água em sua superfície.
Os dois planetas, batizados de Kepler-62e e Kepler-62f, foram detectados pelo telescópio Kepler.
O Kepler já havia detectado mais de 600 planetas, muitos
deles parecidos com a Terra, mas até agora nenhum com condições tão
propícias para a existência de vida.
Eles podem ser chamados de "superterras", pois suas
dimensões são maiores do que as do nosso planeta, cerca de uma vez e
meia o diâmetro da Terra.
Os pesquisadores afirmam que o tamanho destes planetas sugere que
eles sejam rochosos, como a Terra, ou compostos em sua maior parte de
gelo. Certamente eles parecem pequenos demais para serem planetas
gasosos como Netuno ou Júpiter.
Os planetas 62e e o 62f também parecem estar a uma
distância adequada da estrela que orbitam e isto faz com que eles
recebam uma quantidade tolerável de energia. Não são quentes demais nem
frios demais.
A equipe de cientistas afirma ainda que, com o tipo certo
de atmosfera, é razoável especular que estes planetas possam ter água
em estado líquido, uma condição que todos aceitam como necessária para o
estabelecimento da vida.
"Declarações sobre a habitabilidade de um planeta sempre
dependem de pressupostos", afirmou Lisa Kaltenegger, especialista em
teorias sobre atmosferas de exoplanetas e que participa do grupo que
descobriu estes novos planetas.
"Vamos supor que os planetas Kepler-62e e o 62f são mesmo
rochosos, como o raio deles indica. Vamos supor ainda mais que eles têm
água e sua composição atmosférica é parecida com a da Terra, dominada
por nitrogênio e contendo água e dióxido de carbono", acrescentou a
pesquisadora do Instituto Max Planck para Astronomia, em Heidelberg.
"Neste caso, os dois planetas podem ter água líquida na
superfície: Kepler-62f recebe menos radiação de sua estrela que a Terra
do Sol e, portanto, precisa de mais gases de efeito estufa, por exemplo,
mais dióxido de carbono, do que a Terra, para não congelar."
"O Kepler-62e está mais perto de sua estrela, e precisa
de uma cobertura de nuvens maior, suficiente para refletir parte da
radiação da estrela e permitir água líquida em sua superfície."
Mas, a tecnologia atual não permite a confirmação de
nenhuma destas especulações. Com telescópios mais avançados, os
cientistas afirmam ser possível enxergar além do brilho intenso da
estrela destes planetas e observar apenas a luz fraca que passa através
da atmosfera de um pequeno mundo ou que é refletida por sua superfície.
Isto permitiria detectar assinaturas químicas associadas
com gases atmosféricos específicos e talvez até alguns processos na
superfície dos planetas.
No passado, os pesquisadores já falaram em tentar
detectar um marcador de clorofila, o pigmento das plantas que tem um
papel crucial na fotossíntese.
In: BBC
quanto mais sabemos maior se mostra a realidade da pequenez do ser humano
ResponderEliminarSem duvida nanda, sem duvida!
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