sexta-feira, outubro 24, 2014

3 traços de personalidade inofensivos do qual as pessoas se envergonham

É verdade que a sociedade melhorou muito seu nível de tolerância, e que muitas coisas consideradas vergonhosas no passado hoje não são. Desde que você não cause mal a ninguém, pode andar do jeito que quiser e fazer o que quiser, certo?

Hum… Não. Quer dizer, nem sempre. Muitas preferências, hábitos e traços de personalidade, apesar de completamente inofensivos, ainda são tabu na nossa sociedade, forçando as pessoas a esconderem suas emoções.

Como:

3. Solidão
 
 

 


Hoje em dia é possível conversar sobre várias coisas que eram estigmas no passado. Por exemplo, é possível confessar emoções negativas como ansiedade ou tristeza. No entanto, se você estiver se sentindo sozinho… Hum, melhor não falar nada.

Isso porque, na maioria das situações, admitir que você é solitário ou não tem amigos é como admitir que usa os dentes de sua mãe em uma corda em volta do seu pescoço.

O que é mais estranho é que, segundo as estatísticas, muitas pessoas são solitárias. Uma pesquisa de 2011 constatou que o número médio de “amigos próximos” de um americano era 2,03, e 4% das pessoas nos EUA declararam não ter amigos íntimos – nem um sequer. Outro estudo no Reino Unido encontrou uma proporção ligeiramente maior de pessoas sem amigos, cerca de 9% da população. Isso pode se repetir em vários outros cantos do mundo, o que significa muitas pessoas passeando solitárias pela vida, que nem sequer podem falar sobre isso.

Afinal, se elas admitirem que são solitárias, as pessoas podem pensar que há uma razão para isso e poderiam optar por evitá-las, levando a uma espiral descendente de solidão.
 
2. Não falar sobre sexo 
 

No passado, a vida sexual das pessoas era mantida estritamente privada, particularmente no caso das mulheres. Se o seu marido tinha dois pênis ou gostava de vestir-se como uma sacerdotisa druida no quarto, você não sabia se isso era normal ou não, porque não era algo que você podia discutir com outras pessoas.

As coisas mudaram agora. Podemos falar sobre tudo com os amigos, companheiros de trabalho e até funcionários de lojas no shopping, mas um problema contrário surgiu: se alguém não está interessado em falar sobre as suas aventuras sexuais ou ouvir as de outra pessoa, automaticamente assume-se que há algo de errado com esse alguém, ou que ele deve ser um puritano oprimido.

Pode até ser o caso, mas nem sempre. Essa generalização é burra, uma vez que há uma série de razões válidas para não querer ouvir sobre a vida sexual dos outros ou falar sobre a sua. Mas como a sociedade vive a ressaca anti-sexo, essas pessoas são percebidas como negativas ou opressoras se não querem entrar no assunto.

Ou coisa pior. Alguns indivíduos, como os assexuais, pessoas que não sentem qualquer atração sexual em particular por ninguém, muitas vezes se queixam de que são completamente ignorados pela cultura popular ou retratados como doentes mentais, curáveis com a dose certa de ciência.

Evoluímos como uma cultura para aceitar a maioria das formas de preferências sexuais baseadas no consentimento prévio, mas ainda não lidamos bem com a preferência de não apenas estar interessado em sexo. Paradoxal, não?

1. Não beber
 
Se você diz às pessoas que você passou o último sábado à noite em um bar gay, isso é legal, todo mundo vai achar ok. Mesmo se você disser às pessoas que foi a um bar gay, mas não bebeu nada… COMO ASSIM?!?! Isso é meio estranho, não?!

O quadrinho acima resume muitas das barbaridades que os não bebedores escutam. Não gostar de bebida alcoólica simplesmente não é opção.

Alguns acham que os não bebedores recebem essa reação porque fazem as pessoas ao seu redor se sentirem culpadas. O bebedor médio está pronto para relaxar e intoxicar-se e, de repente, há um não bebedor em seu rosto, pronto (ele assume) para julgar silenciosamente suas travessuras bêbadas com seu cérebro assustadoramente sóbrio.

Mais: ao invés de simplesmente dizer “Oh” e mudar de assunto quando alguém diz que não bebe, as pessoas ficam tentando empurrar álcool goela abaixo do não bebedor como o vilão em uma cartilha escolar antidrogas. E não é como se o não bebedor pudesse explicar suas razões para não consumir álcool, primeiro porque as pessoas não entenderiam mesmo, e depois porque nem todo mundo quer falar sobre questões pessoais, especialmente se envolverem alguma coisa grave, como um histórico de vício ou um problema médico. Então… Sofrem preconceito calados.

 In: Cracked

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