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sexta-feira, junho 10, 2016

Aventura em Marrocos - Marraquexe com Guilherme Duarte

Do autor do Livro: "Por falar noutra coisa", Guilherme Duarte, descreve a sua aventura pela fabulosa cidade de Marraquexe onde nos relata uma história com bastante sentido de humor. De rir e chorar por mais! 

Para quem não leu, a aventura marroquina começou em Chefchaouen, onde, depois de pernoitarmos, seguimos viagem em direcção a Marraquexe. Foram cerca de 700 quilómetros, duzentos dos quais feitos em estradas secundárias, com dezenas de operações STOP à entrada e saída de todas as terriolas por onde fomos passando. Para nossa desilusão, nunca nos mandaram parar nem olharam duas vezes para o nosso carro. Matrícula portuguesa deve ser sinal de falta de dinheiro para pagar multas inventadas. Ainda dizem que a crise não tem vantagens. A viagem foi demorada mas fez-se bem. Passámos pelo centro de Rabat, a capital marroquina, onde conduzimos por entre um serpentear caótico de carros e motas. A cada segundo havia uma contra-ordenação grave e pessoas a atravessar vias rápidas a pé, numa pressa que contrastava com a cidade que parecia ter parado no tempo há vários anos. Mais uma vez, as ruas iam tendo as faixas que dessem jeito e facilmente uma estrada com duas faixas, se transformava numa autobahn de seis para cada sentido.

Chegámos a Marraquexe já o sol se tinha escondido há muito. Já passava um pouco da meia-noite e tal como na primeira paragem, o riad ficava já dentro da Medina nas estradas onde apenas passam burros anorécticos. Percorremos os labirintos castanhos da cidade quase deserta, depois de um dia intenso de comércio. Estacionámos o carro ao ver um sinal de passagem proibida e quando o GPS nos dizia que só faltavam mais 300 metros que tinham que ser feitos a pé. 

Deixámos ali o carro, num beco que convidava ao assalto e ao amor feito no rabo sem consentimento.

Fomos apressados mais confiantes nas reviews do TripAdvisor que diziam que Marraquexe era mais segura que a Buraca. De malas aos ombros e trolleys pelo chão, fazendo um barulho no asfalto que fazia as poucas cabeças acordadas virarem-se para ver o que se passava, lá fomos. Chegámos a um cruzamento e ao esperarmos que o GPS actualizasse a posição, veio um grupo de rapazes ter connosco a perguntar qual era o riad que estávamos à procura. Dissemos o nome, ele disse que era já ali e que ia connosco. Nós fomos.

- Spanish? - pergunta ele.
- No, portuguese. - respondo eu.
- So you speak spanish.
- Yes, but in Portugal we speak portuguese.
- Similar to brazilian?
- In Brazil they speak portuguese as well, but a diferent accent.
- Ok. Me gusta mucho Cristiano Ronaldo.
- Vale.

Entramos por becos quase sem luz, sem ninguém, com esse rapaz mais velho ao meu lado e dois mais novos atrás a ver se também pingavam uns dirhams para eles. O André pergunta-me se estamos a ir na direcção certa, como quem já tem um pinguinho na cueca. Eu não tinha a certeza mas disse que sim na mesma. Nisto, apagam-se as luzes. Toda a cidade fica às escuras! Passou-me logo pela cabeça que poderia ser um plano elaborado para nos assaltarem, mas depois pensei que era parvo já que os marroquinos, que eu saiba, não vêem no escuro como os gatos. O rapaz acendeu a lanterna do telemóvel e continuou a guiar-nos. Passámos por um túnel onde se vislumbravam sombras de várias pessoas, construídas apenas pela luz da lua que ia alta. Passámos no meio deles, cheios de confiança de que talvez fossemos ser assaltados. Não fomos. Chegámos ao riad, demos cerca de dois euros ao rapaz, como havíamos feito com os outros na cidade anterior, e ele diz que é pouco. Pede mais e nós damos outros três. Ele queria ainda mais, mas recusámos. Ele agradeceu, foi-se embora e nós entrámos pela porta que separava as casas degradadas, do riad luxuoso que em Portugal custaria duzentos euros a noite, pelo qual apenas pagámos 20€ cada um. Deixámos as malas e fomos até ao terraço apreciar o céu estrelado que a falha de electricidade na cidade destapou. Ficámos ali algum tempo na conversa e depois fomos dormir.

Acordámos cedo, tomámos o pequeno almoço e depressa saímos do riad para ir explorar a cidade. Íamos com alguma apreensão mas descansámos ao ver que o carro estava são e salvo, sem vidros partidos ou sinal de arrombamento. Desde logo fomos abordados por um marroquino que disse que não era guia mas que nos indicava o caminho para o centro. Insistiu para irmos ver o sítio onde trabalhavam as peles dos animais e impingiu-nos a outro marroquino que ia a passar, dizendo que ele ia para lá, pois era lá que trabalhava. Seguimo-lo, com ele sempre a dizer que não era guia, sinal que nós pensávamos ser a indicar que não queria dinheiro. Andámos atrás dele a passo apressado durante quinze minutos, em curva e contra curva, por entre ruas e ruelas apinhadas de gente, de motas e de carroças. Havia bancas a vender abacates ao lado de pilhas de lixo em todo o lado.

Havia pão e croissants que pareciam cobertos de chocolate mas que ao chegar mais perto se via ser um aglomerado de moscas. 

O cheiro na cidade também não é o melhor, é uma espécie de bedum, com terra e peixe deixado ao sol em banho-maria de urina. Lá chegamos a um local onde o nosso não-guia nos deixa e se apressa a ir embora. Pensámos "Epá sim senhor, um gajo que dá indicações sem querer dinheiro". Nesse momento, é-nos dado para a mão um ramo de menta a cada um e somos convidados a entrar no local onde as peles eram feitas. O ramo de menta era para contermos os vómitos devido ao cheiro de carne putrefacta. Cheirava a morte e a fim do mundo. Tentei respirar sem a menta perto do nariz durante uns segundos e só não chamei o tio Gregório porque ele não estava atento. O senhor que nos acompanhava, foi explicando o processo do tratamento da pele, do qual só retive que passava por tirar o pelo, mergulhar em caca de pombo e depois passar por cal. Os motards e as dominadoras vestidos de cabedal estão, portanto, cobertos de roupa que se faz com fezes de pombo. Depois de cinco minutos de visita guiada fomos deixados por ele, sem pedir nada em troca, numa loja de dois pisos cheia de artigos feitos com a pele que ali se tratava. Trabalhavam ali mais de quarenta famílias, numa espécie de favela improvisada e construída à volta daquele recinto nauseabundo. Fomos recebidos por um senhor já de meia idade, porte forte e com um sorriso rasgado.

- Bien venidos à nuestra cooperativa. Puedes ver e se te gusta puedes comprar. Si no, no hay problema.
- Gracias, vamos a ver.
- Portugueses son como los Marroquinos... tesos. Hahaha.

Acabámos por comprar uns cintos de pele, e, ao sairmos, aparece o primeiro marroquino que encontrámos à saída do riad, logo seguido pelo que nos fez a visita guiada pelas peles. Este último pediu-nos 5€ a cada um, que nós feitos parvos pagámos. Devíamos ter dado 5€ por todos e ele que fosse endrominar pessoas para outros lados, mas ainda estávamos verdes e cedemos à pressão, bem vistas as coisas era só o nosso terceiro dia em Marrocos. Nisto aparece também o outro não-guia que andou connosco mais tempo. No total, com os cintos, gastámos ali 60€, de onde comeu o senhor da loja e os três marroquinos simpáticos que diziam não ser guias. As mulheres andam de burca preta a mostrar os olhos, mas eles é que são ninjas da aldrabice.

Fomos ao centro e almoçámos no terraço de um restaurante, com uma vista fantástica para a azáfama da praça Jemaa El Fna e as suas tendas, encantadores de serpentes e bancas de sumo de laranja natural, que usavam copos de vidro embora não tivessem água para os lavar. A vitamina C mata o bicho, dirão eles. Pedimos vários pratos e todos eles estavam uma valente merda. Os couscous de frango que pedi eram suficientes para alimentar três pessoas mas estavam mal cozinhados e temperados. Não fiquei fã, mais uma vez, da comida marroquina. Fomos passear, comprámos Ray Ban contrafeitos e puseram-me uma cobra ao pescoço para tirar foto. Não tirei e disse que não havia dinheiro por me ter colocado um réptil sem autorização. Jantámos no hotel, uma tajine de galinha, a primeira refeição decente em terras de sua majestade marroquina. Foi a Rita, namorada do André, que pediu o jantar e disse ao senhor "It's a tajine kitchen".

Kitchen, chicken, soa tudo ao mesmo e pelos vistos sabe igual.

O segundo dia começou antes das oito da manhã, já que tínhamos marcado uma excursão às cascatas de Ouzoud, logo cedo. Fomos com mais dois casais que não conhecíamos, numa carrinha de nove lugares, conduzida por um marroquino com o demónio no corpo que deve ter tido aulas de condução com o instrutor de ski do Schumacher. Era suposto serem duas horas de viagem mas acabaram por ser três, mesmo com a condução psicopata do motorista de belzebu. A meio parámos uma loja de óleos que devia ser da prima dele, para ver se nós comprávamos alguma coisa. Nem entrámos, já fartos de que nos tentassem sempre impingir os negócios dos amigos e da família. Ao chegar as cascatas o senhor disse-nos que nos deixava ali e se quiséssemos para contratarmos um guia, algo que nos deixou a todos, os oito, estupefactos, pois pensávamos que o que tínhamos pago já tinha guia incluído. Parece que não. Eu refilei um bocado mas também não estava para me chatear. Se soubéssemos disso tínhamos ido com o nosso carro e teríamos poupado uns 60€. Apareceu logo um gajo com ar de jamaicano a vender-se como guia, disse que nos levava aos sítios menos turísticos e mais calmos e que cobrava apenas três euros por pessoa. Mais uma vez, cedemos e lá fomos com ele. Era um gajo simpático que foi sempre contando a história dos locais por onde passávamos, da forma de como as famílias ali viviam quase todas das oliveiras que se sucediam por entre as margens dos penhascos que embalavam as várias quedas de água paradisíacas que se deitavam de vários metros de altura.

- Down there, is where I live with my community. My family and friends. We are a nomad people, we stay in a place for a few years, then we go. We go and we never come back. - diz ele com um brilho nos olhos.
- How long do you live here? - pergunto.
- All my life. I'm 30 years old.
- Ok...
- I'm not arabic. I'm a free man. Me and my Bob Marley family.
- Great! - digo.
- When I say Bob Marley, I'm not saying we are going to buy and sell ganja. It's more about music and freedom.
- Yes, of course. Peace and love. - sorrio.
- Exactly my friend. - diz ele com a mão no meu ombro - Peace and love... and ganja.

Rimo-nos e lá fomos andando, descendo e subindo ravinas escorregadias mas onde havia os ramos das árvores para nos segurarmos, ou nos ampararem a queda. Vimos cascatas e bebemos um sumo de laranja feito com água da nascente, enquanto ele foi fumar uma ganza com os outros dois casais de turistas. Fomos ao banho, numa água castanha mas da argila e não de sujidade. Faz bem à pele, dizem eles. Mergulhámos, passámos por trás das quedas de água e ficámos ali, um pouco, naquele pedaço de paraíso num país que as únicas riquezas que tem são estas naturais. Secámos, encontrámos um casal de portugueses, os únicos em toda a nossa estadia em Marrocos, voltámos a subir, andámos de barco e vimos macacos selvagens de perto. Pagámos ao nosso guia e despedimos-nos dele. Enquanto comíamos algo à espera do motorista assistimos a uma cena de pancadaria entre dois locais que surgiu do nada à porta do restaurante. Não sabemos o motivo, mas vimos as mulheres todas aos gritos e a chorar, quais carpideiras do UFC. Reparei que eles não lutam ao soco, dão chapadas de mão aberta, talvez por todos viverem do trabalho feito com as mãos e ninguém querer arriscar um pulso ou dedos partidos. Isso, ou são todos umas Marias Amélias que não sabem andar à bulha. Não eram chapadas à Krav Maga nem à padrasto, eram chapadas de meninas da primária. Aquilo acalmou e fomos à nossa vida, em mais uma viagem de três horas, cheia de solavancos, buracos e perigos de morte.

Se o avião é o transporte mais seguro do mundo, aquela carrinha de nove lugares conduzida por aquele senhor era o menos seguro de sempre.

Chegámos e jantámos fora. hambúrguer de dromedário, só porque sim. Sabe a vaca porque provavelmente era vaca. Fomos até à praça central e ficámos admirados com a vida que ela tinha ganho desde a tarde do dia anterior. As pessoas eram dez vezes mais, as luzes dos candeeiros e velas à venda também. Havia fumo da comida que perfumava toda a praça e escondia os aromas menos convidativos às narinas europeias. O André tinha partido os óculos que tinha comprado e, por isso, quis ir ver de outros. A banca onde os tínhamos comprado já estava fechada e fomos a outra. Um senhor, musculado e sem ar de marroquino, antes com ar de quem esteve já preso por violar pessoas e animais, atendeu-nos com uma euforia desmedida de sermos portugueses. O André queria um modelo igual aos outros:

- I broke others and I want ones equals! - diz-lhe, mostrando que ele e a sua Rita, da tajine kitchen, foram feitos um para o outro.
- Equals? - questiona o vilão do James Bond, virando-se para outro a perguntar se ele tinha "equals" - No. Only Ray Ban, Dolce Gabbana, Gucci... - termina.
- No no! Ray Ban but equals! - insiste o André.
- Ray Ban equals? I don't have that model, sorry.

Rimo-nos que nem perdidos e reparámos que já não sabíamos o caminho de volta à praça. Vários locais tentaram-nos dar indicações e diziam-nos até que por onde estávamos a ir estava fechado e era perigoso. Tudo para nos enganar e irmos com eles e abrirmos a carteira. Ignorámo-los a todos e fomos dar ao sítio certo, claro. Aldrabões. Fomos ver de mais umas compras e chegámos a uma tenda onde o André e a Rita decidiram comprar um bule e copos de chá. As negociações foram mais intensas que as do Eurogrupo e mais acesas que as da minha mãe a discutir com o meu irmão para ele sair da cama às quatro da tarde. Já todos sentados no chão, a escrever vários valores numa folha para que não houvesse mal-entendidos. O vendedor era um fartote e genuíno, o riso foi constante e ele parecia ter ido com a nossa cara, mas pode ter sido como as strippers nos conseguem convencer que se sentem atraídas por nós, só para nos sacar dinheiro. Seja como for, eles compraram o bule e eu e a Xana comprámos um candeeiro que também foi alvo de muita especulação de mercado. Fiz um bluff a vir-me embora só porque ele não descia dois euros finais para dar conta certa. Deu resultado e ele cedeu porque claro que ainda estava a ganhar balúrdios naquele candeeiro de bronze com trabalho feito à mão por crianças marroquinas.

- Good luck to you my friends. - diz ele com um sorriso na cara.
- To you to.
- Don't forget, you have to marry and have children, so make good fuck tonight. Always good fuck.

Rimo-nos, apertámos a mão e saímos de lá com mais do que bujigangas para a casa, mas sim com uma experiência genuinamente marroquina e uma hora bem passada. Depois de mais umas voltas, decidimos ir de táxi para casa, outra experiência que se deve ter em Marrocos. Apesar de nas estradas vermos táxis com sete ou mais pessoas todas amarfanhadas no banco de trás, sempre que nós pedimos um disseram-nos que só levavam três pessoas e que, por isso, tinham que ser dois carros a levar-nos. Uma camaradagem taxista para que todos tenham mais serviço, obviamente. Os táxis são, invariavelmente, carros velhos, batidos e riscados, que vão desde Fiat Uno a Mercedes 200d do tempo em que o meu avó tinha idade para ir à tropa. Lá negociámos com um que concordou levar-nos aos quatro e baixámos o preço de 10€ para 6€. Não há taxa de activação para ninguém e o taxímetro existe mas está sempre desligado. Ele ia a conduzir e a falar ao telemóvel e passámos mesmo em frente ao posto da polícia, todos sem cinto. Uma terra sem lei, não muito diferente da Buraca onde toda a gente sabe que os sinais vermelhos são só para enfeitar. Chegámos ao riad, fomos dar cabo da segunda box de vinho que tínhamos levado de viagem, enquanto jogávamos à sueca, só para nos sentirmos mais na Europa. No dia seguinte, foi acordar, pagar e seguir viagem, rumo à próxima paragem, Meknès, a capital Berbere, mas isso ficará para a próxima parte.

Aqui ficam umas fotos a demonstrar, mais uma vez, as minhas capacidades artísticas ao nível de usar o telemóvel. Amanhã, a saga continua.






In: PFNC


"FERIAS BARATAS - MARROCOS" - segundo revista portuguesa

Ajmaa el-Fna, praça principal de Marraxeque, ilumina-se à noite, jante por aqui e prove as especialidades locais

MARROCOS

Há mochileiros que vêm tomar gosto às ruas e costumes e turistas do Norte da Europa que querem desfiutar dos resorts de luxo ou comprar peças para decorar uma moradia exuberante noutro canto do planeta. Pelo meio existem tantas outras nuances que qualquer um pode descobrir o seu lugar. 

Em Marraquexe encontrará riads (casas tradicionais) para ficar, a partir de €15 por pessoa, como o Sidi Mimoune. A medida que a decoração fica mais requintada e se mistura com influências ocidentais, o preço sobe para cerca de €25. 

Vá conhecer a Cutubia - a mesquita mais importante, do século XII -, passeie pelos mercados de rua do centro histórico onde se penduram malas, mantas, tapetes e sapatos e visite a Maison de la Photographie, com um arquivo fotográfico para conhecer e um terraço para desfrutar. 

Mesquita Cutubia

O passeio é compensado por um chá de menta, uma imagem de marca de Marrocos - onde aliás só se serve álcool em hotéis e bares mais turísticos -, e por uma refeição de sabores intensos. No menu estarão o cuscus e o tagine, um guisado de legumes (com ou sem carne) feito numa taça de barro com o mesmo nome. 

Indeciso entre malas e brincos? leve saquinhos de açadrão, cominhos, ficos secos ou amêndoas

Para terminar: banana frita com especiarias. Para conhecer outras paragens pode alugar carro ou um motorista. A cerca de três horas encontrará Essaouira, cidade portuária para conhecer a pé, com longos passeios pela praia, por mercados e fortes. 
Depois voÌte à estrada, com direito a uma paragem na grandiosa Casablanca mas tendo Fez como destino. Visite o jardim exótico de Inan Sbil, entre nas lojas vintage do bairro judeu e conheça as fábricas de pele ao ar livre. Se lhe sobrar tempo, não perca uma visita ao deserto há pacotes a partir de €59): "As dunas têm mesmo linhas perfeitas", garante Margarida Costa, que viajou para Marrocos em Abril'. As horas de viagem valem a pena para passear de camelo em pleno deserto, dormir em acampamentos que são autênticas minicomunidades, e acordar para ver o nascer-do-sol no meio do nada.



"O táxi, uma caixa de pastllhas ou até sapatos. Tudo o que compres no circuito marroquino tem da regateado sem medos"
- Margarida Costa, 27anos.



Coordenadas

Voos: Lisboa-Marraquexe, a partir de €178, ida e volta.

Melhor altura: A partir de Outubro, quando as temperaturas começam a ficar mais amenas. Evite também o período de Ramadão - em 2016 entre junho e julho.

Na mochila: Roupa que tape pernas e ombros, para proteger do sol e respeitar a cultura.

Chá: 0.50€
Café: 0.60€
Almoço de rua: cerca de 6.00€
Jantar requintado: A partir de 15.00€

In: Revista Sabado (Edição de destaque 2 de Junho)

sexta-feira, abril 12, 2013

Literatura: Fernanda Rocha Mesquita

A sugestão desta semana, vai para uma grande amiga, uma voz bastante solidária com imensos projectos, uma verdadeira artista cujo dom da palavra é predominante na sua vida, uma verdadeira senhora replecta de imensos talentos, que para quem não conhece tenho a honra de falar sobre Fernanda Rocha Mesquita
Apaixonada pela vida, descreve cada detalhe da vida como se fosse única e sublime.

Fernanda Rocha Mesquita nascida em Torres Vedras (Portugal), reside agora na cidade de Edmonton no Canadá.
O seu vasto curriculo é recheado de inumeras actividades: escritora, poetisa, declamadora, relações públicas e inclusivamente Locutora (Radio LusitaniaCB).
É agraciada pelo dom da palavra e se tiver dúvidas basta consultar alguns dos seus blogues ou livros que brevemente serão lançados no mercado. Como escritora, Fernanda Mesquita aproveita o que o mundo da blogosfera oferece a cada leitor e podemos acompanhá-la através do seguintes blogs:


Fernanda Mesquita já participou em algumas colectâneas lançadas pela Pastelaria Studios Editora:




Ocultos Buracos com um conto "Os meus Fantasmas"
Em Poesia sem Gavetas, poderá ler tres poemas da sua autoria
Beijos de Bicos com o conto "Amor ou relação ideal"
Corda Bamba com o conto "Há sempre uma razão para não desistir".


Sete Pecados é uma das novidades que vai certamente encantar o leitor e próximo, já bem pertinho de ser lançado, em Maio ou Junho deste ano, da sua própria autoria: A Barca dos Sentidos"


A nossa "Nandinha" como a tratam os mais próximos, com o seu jeito muito carinhoso, bem-disposta, tem na voz a alma da poesia, e nas palavras a paixão de quem declama num toque mágico, calmo, atraente e sobretudo didáctico reunindo todos os ingredientes para preencher uma platéia de ouvintes.

A Radio Lusitania CB tem sido testemunha deste seu novo desafio e eu particularmente considero-me uma fã dos seus enormes talentos.
Faço aqui o convite e desafio todos os visitantes, amigos, parceiros deste blogue a ouvirem ou a visitarem esta diva, todos os Sábados às 21.30h com repetição, às terças-feiras a partir das 00.30h. através de:
www.radio.lusitaniacb.com
Garantidamente que não se vai arrepender!

Autora e apresentadora do Programa Cordel de Palavras cujo conteúdo consiste em abordar textos de variados escritores/poetas e que por 15 minutos são efectivamente as estrelas da noite.
Como refere Fernanda Mesquita: "São muitas as vezes em que os nossos sonhos, os nossos ideais, são simplesmente engolidos pela sociedade, que ao invés de nos libertar nos prende em regras e tradições. Infelizmente a nossa falta de coragem para dizermos, não, leva-nos a duplicar a nossa personalidade e a tornarmos assim, os nossos sonhos em fantasmas. Liberta-nos a palavra e é na palavra escrita que me desejo encontrar, aqui, em Cordel de palavras, com os sonhos e fantasmas de muitos".
 

Aproveito para desejar as maiores felicidades e votos de que continue muitos anos na minha companhia, pois é sempre um prazer estar consigo. Beijinhos enormes.

domingo, abril 07, 2013

José Magalhães Fotógrafo e Poeta

José Magalhães nasceu em Julho de 1952 na cidade do Porto. Escreve e fotografa desde a adolescencia. Divide-se pela escrita de crítica social e política, de contos, pela poesia e pela fotografia.



Na fotografia, fez diversas exposições, colectivas e individuais, no Porto, em Vila Nova de Gaia, em Coimbra, no Mogadouro, na Maia e em Matosinhos, e editou três livros de fotografia em conjunto com outros fotógrafos ("(In)Finito", Fevereiro 2012, "Árvores", Março 2012, "Retalhos do Planalto", Julho 2012).
A visão que tem da fotografia é moldada pela visão poética que tem da vida.
Na escrita de critica social, foi cronista do Jornal "O Primeiro de Janeiro" desde princípios de 2007 até finais de 2011. É colaborador permanente do Blogue "Aventar.eu"

É autor de quatro blogues:


http://www.atributos-1. blogspot.pt (Geral + crítica social e política)
http://www.atributos-2.blogspot.pt (Fotografia)
http://www.atributos-3. blogspot.pt (Contos)
http://www.atributos-poesia. blogspot.pt (Poesia)

Escreve contos que virão em breve (2013) a ser publicados.

É co-autor da "Antologia de Poesia Contemporânea - Entre o Sono e o Sonho - Volume III - da Chiado Editora", Novembro de 2011, e publicou o livro de poesia "Uma, Duas Vezes e Três", Outubro de 2012.


O gosto pela fotografia e pela poesia são indissociaveis à sua vida; na fotografia através de vários ângulos procura conseguir um retrato com alguma sonoridade por forma a conseguir o objectivo desejado.
Algumas fotografias inspiraram-no a escrever poemas e gostaria que as pessoas vissem as suas fotografias como poemas.
José Magalhães considera-se um fotógrafo numa tentantiva constante de mostrar num instantâneo a tensão dinâmica do tempo.

Quando fotografa pessoas, escolhe pessoas que lhe digam algo, "uma cara queimada pela vida" menciona o autor, ou uma posição fisica que lhe diga algo, ou pessoas simplesmente fotogénicas que não deixa de fotografar.
Por uma questão técnica aprecia fotografar os momentos a preto e branco porque "a fotografia também se lê" e a preto e branco as diversas matizes são visualizadas pelos apreciadores da fotografia de  formas distintas.

 
Como poeta José Magalhães lançou um livro de poesia contemporânea intitulado: Uma, duas e três.
Uma colectânea de poemas escritos durante vários anos, o título, que é também o de um poema, que significa que “à terceira vai de vez”, pois foram três as vezes que o autor decidiu publicar sem que o tivesse feito das vezes anteriores.
Só por curiosidade, a fotografia é precisamente da sua autoria.
Já se encontra a meio do segundo livro que pretende lançar este ano de 2013.

De entre os géneros literários a arte como escritor de contos surgiu das vivências passadas, de histórias que desapareceram ou de puras fantasias que o autor resolveu dar a conhecer ao público em geral.
O que espera apresentar a alguma editora e quem sabe publicá-los.
José Magalhães tem uma grande fluência na escrita e desenvolve a sua imaginação que deixa ao critério do leitor.
Para saber mais sobre José Magalhães pode ouvir a entrevista que a Radio LusitaniaCB levou a efeito no programa máquina do tempo com Carmen Dolores e Carlos Carvalho.
Disponível em: www.radio.lusitaniacb.com

O Brown-Visions deseja os maiores sucessos a José Magalhães e cá esperamos por novidades.

Trama da Estrela e o Diplomata de Vasco Ricardo

Vasco Ricardo nasceu no ano de 1981, em França e viveu ali até aos sete anos. Veio para Portugal, cresceu em Matosinhos, reside em Famalicão e formou-se em Viana do Castelo. 
Pratica Aikido, uma arte marcial japonesa, mas a maior parte do tempo ele adora estar com a filha.
Embora as influências culturais contribuissem para que começasse a escrever, o verdadeiro impulso foi inspirado aquando o nascimento da sua filha.



Título: A Trama da Estrela
Autor: Vasco Ricardo 
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 240
Editor: Pastelaria Studios Editora

Sipnose: 



"Enquanto uma negra conspiração se vai expandindo por algumas cidades europeias, três adolescentes divertem-se, navegando pela Internet, tentando decifrar mistérios e crimes até então irresolúveis.
Dana, Mark e Rohan são provenientes de nações distintas mas os seus interesses e suas motivações convergem. À medida que uma onda de crimes vai assolando o território do velho continente, os jovens vão interagindo através das comuns salas de chat, falando sobre um infindável número de temas.
O percurso das suas vidas toma, porém, um rumo diferente, acompanhado de estranhos acontecimentos que podem mudar os seus destinos.
Paralelamente, uma sociedade secreta, cujos elementos parecem tão competentes quanto obstinados, move-se de forma obscura e sanguinária, onde todos os seus passos são criteriosamente preparados, na tentativa de alcançar um marco até então inatingível."

Em suma, A Trama da Estrela é um bom livro em que o autor cria dois enredos. Junta em doses harmoniosas o humor, a acção, a aventura, a tensão e o suspense, sendo um livro que pode ser lido por um público de qualquer idade. Se gosta de teorias da conspiração este é o livro que se recomenda à boa leitura.


Já no passado dia 6 de Dezembro de 2012, o escritor lança o seu segundo Thriller intitulado: O Diplomata de Vasco Ricardo:

Título: O Diplomata
Autor: Vasco Ricardo
N.º Páginas: 136
Editor: Pastelaria Studios Editora

Sinopse:
Gabriel é um político norte-americano de topo que possui uma família perfeita e uma reputação imaculada. Contudo, por detrás da sua figura exemplar, um outro homem emerge. Violento, frio e calculista, Gabriel parte em busca de algo e não parará enquanto não for bem-sucedido.
"... E quando já ninguém chorava, dei por mim a verter lágrimas que cheiravam e sabiam a sangue..."

Em suma: um livro leve que pode ser lido em pouco tempo e de fácil assimilação já que refere aspectos da vida mundial absolutamente atuais cujos contornos geográficos variam entre o mundo muçulmano e os estados unidos da america.
Já agora, a primeira entrevista deste autor, está disponível no site: www.radio.lusitaniacb.com à conversa com Carmen Dolores e Carlos Carvalho.

O Brown-Visions deseja a Vasco Ricardo os maiores sucessos.


Visitem o Vasco Ricardo em http://vascoricardo.blog.com/

domingo, fevereiro 17, 2013

O Som das Cores - Paula Teixeira


Livro totalmente inclusivo: O Som das Cores
Gestos que falam. Paula Teixeira conta e canta!

Podia ser um livro infantil como qualquer outro, mas sendo-o, não o é. É que esta história pode ser lida/ouvida/vista/sentida por todas as crianças, inclusive aquelas que têm deficiências visuais ou auditivas. Isto porque as legendas estão escritas em braille e as personagens estão desenhadas fazendo sinais da linguagem gestual portuguesa. Os abecedários em LGP estão representados também.

O livro vem acompanhado por um videoclip da música original feita a partir da história, cantada também por Paula Teixeira. Destaque ainda para os audiolivros que acompanham cada título da coleção.

O prefácio da obra O Som das Cores foi assinado pelo Professor Marcelo Rebelo de Sousa e as ilustrações são de Rita Correia. 


In: Platanoeditora.pt e lifecooler.com

A Mão do Diabo - José Rodrigues dos Santos



A Mão do Diabo


A crise atingiu Tomás Noronha. Devido às medidas de austeridade, o historiador é despedido da faculdade e tem de se candidatar ao subsídio de desemprego. À porta do centro de emprego, Tomás é interpelado por um velho amigo do liceu perseguido por desconhecidos.

O fugitivo escondeu um DVD escaldante que compromete os responsáveis pela crise, mas para o encontrar Tomás terá de decifrar um criptograma enigmático.

O Tribunal Penal Internacional instaurou um processo aos autores da crise por crimes contra a humanidade. Para que este processo seja bem-sucedido, e apesar da perseguição implacável montada por um bando de assassinos, é imperativo que Tomás decifre o criptograma e localize o DVD com o mais perigoso segredo do mundo.

A verdade oculta sobre a crise.

Numa aventura vertiginosa que nos transporta ao coração mais tenebroso da alta política e finança, José Rodrigues dos Santos volta a impor-se como o grande mestre do mistério. Além de ser um romance de cortar o fôlego, A Mão do Diabo divulga informação verdadeira e revela-se um precioso guia para entender a crise, conhecer os seus autores e compreender o que nos reserva o futuro.

 
 José Rodrigues dos Santos nasceu em 1964 em Moçambique. Abraçou o jornalismo em 1981, na Rádio Macau, tendo ainda trabalhado na BBC e sido colaborador permanente da CNN. Doutorado em Ciências da Comunicação, é agora professor da Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP.

Trata-se de um dos mais premiados jornalistas portugueses, galardoado com dois prémios do Clube Português de Imprensa e três da CNN, entre outros. É autor de dez romances. Os direitos de tradução das suas obras estão vendidos para 18 países (Itália, Alemanha, EUA, Estónia, Polónia, Rússia, Hungria, Tailândia, Roménia, Espanha, Bulgária, República Checa, Grécia, Brasil, Holanda e França).





In: Gradiva.pt

Porto entre os 46 locais a visitar

Recomendado pelo New York Times



Rua 31 de Janeiro (Porto) - Foto de José Magalhães (P/B)

O New York Times publicou hoje a sua lista dos 46 locais a visitar em 2013 e colocou o Porto em número 28, destacando as possibilidades de provar Vinho do Porto "a preços de vinho de mesa".


"A dor económica de Portugal é o seu ganho no Porto, uma das grandes pechinchas da Europa Ocidental", escreve o diário norte-americano, numa lista que vai ser publicada na sua edição em papel.
O New York Times destaca os novos hotéis e restaurantes da cidade, que deram "um lustro fresco a esta cidade protegida pela UNESCO onde as ruas estreitas e labirínticas, edifícios antigos e estudantes de capas negras inspiraram uma jovem professora de inglês que lá viveu nos anos 1990 chamada J.K. Rowling", a autora dos livros de Harry Potter.
A lista é encabeçada pelo Rio de Janeiro ("Porque todo o mundo vai lá estar em 2014") e inclui cidades como Paris, Casablanca e a ilha de Koh Phangan, na Tailândia.
"A crise financeira não reduz a indústria mais proeminente da cidade - o Vinho do Porto", acrescentou o autor do artigo.

In: Texto Lusa
Photo: Fotógrafo e Poeta José Magalhães em: http://500px.com/photo/4015324

Sonhos Proibidos - Lesley Pearse

Sonhos Proibidos

Lesley Pearse


Londres, 1910.
Belle tem quinze anos e uma vida protegida. Graças aos cuidados da ama, ela nunca se apercebeu de que a casa onde vive é um bordel, regido com mão de ferro pela sua mãe. Porém, a verdade encontra sempre maneira de se revelar… Para Belle, será no trágico dia em que assiste ao assassinato de uma das raparigas da casa. Ingénua e indefesa, ela fica à mercê do criminoso, que a rapta e leva para Paris, onde se inicia como cortesã.

Afastada do único lar que conheceu, a jovem refugia-se nas memórias de infância e acalenta o sonho de voltar aos braços do seu primeiro amor, Jimmy. Mas Belle já não é senhora do seu destino. Prisioneira da sua própria beleza, é alvo do desejo dos homens e da inveja das mulheres.

Longe vão os anos da inocência e, quando é levada para a exótica e decadente cidade de Nova Orleães, ela acaba por apreciar o estilo de vida que o Novo Mundo tem para lhe oferecer. Mas o luxo e a voluptuosidade que a rodeiam não mitigam as saudades que sente de casa, e Belle está decidida a tomar as rédeas da sua vida. Um sonho que pode ser-lhe fatal pois há quem esteja disposto a tudo para não a perder. No seu caminho, como barreiras fatais, erguem-se um continente selvagem e um oceano impiedoso. Conseguirá o poder da memória dar-lhe forças para sobreviver a uma viagem impossível?

In Fnac.pt