sábado, dezembro 13, 2014

Você está sózinho? (No Universo)

Estás sozinho no universo ou és parte de um todo?


Primeiro que nada somos parte de um grupo de mamíferos muito jóvens, mas já podemos ver videos no youtube e construir grandes colisores de hádrons. Também dividimos o átomo e inventámos o Pokémon.
Somos provenientes dos nossos ancestrais que já existem há mais de 3500 milhões de anos.

Sentimos estar no controlo deste planeta. mas na realidade não estamos. Um pequeno asteróide ou um vírus criativo seriam o essencial para nos matar a todos. A humanidade acredita ser capaz de destruir o planeta, porém, no pior dos casos e com todos os nossos brinquedos nucleares, unicamente causaríamos uma grande extinção massiva, quem sabe, seríamos capazes de eliminar 90% dos seres vivos do planeta. Grande coisa! Uns milhões de anos depois a vida regressará novamente. A maioria da vida microscópica e a vida abaixo da superfície provavelmente não sentiriam muito os efeitos.

Numa escala temporal geológica o nosso impacto na terra é hilariante. Na realidade não somos assim tão poderosos.
Vivemos numa pequena rocha húmida, movimentando-se através do espaço na sequência de uma grande bola de fogo de plasma. Un dia, esta bola de plasma deixará de arder e provavelmente nos matará durante o processo. Se sobrevivermos à morte do sol, e colonizamos uma galáxia, teóricamente poderíamos sobreviver, até que a última estrela do universo se apague, logo depois a vida torna-se impossível.

Muito bem, se tudo tem um fim, onde te deixa isto como individuo?

Num determinado ponto da sua vida, por cerca de meia hora fomos unicamente uma célula dentro do ventre da nossa mãe, fomos uma criatura de apenas 0,1 milimetro de diâmetro. Hoje em dia somos um composto de cerca de 50 bilhões de células.
50 bilhões de pequenas máquinas biológicas com uma incrível sofisticação que são muito maiores e mais complexas que a bacteria media. Operam sob as leis da fisica e quimica e usam micró-maquinas para construir proteínas, fazem com que a energia seja útil, devoram comida, transportam recursos, transmitem informação ou se reproduzem. Têm a capacidade de comunicar, duplicar, cometer suicidios, lutam contra intrusos e realizam tarefas super especializadas para se manterem com vida... para que possamos gerar vida (bébés).

Mas afinal qual é o nosso papel se somos feitos de bilhões de pequenas coisas?

A básica informação para nós está no ADN. Uma molécula que codifica as instruções genéticas usadas no desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos conhecidos. Desenrrolado, teríamos um comprimento de dois metros. Se combinarmos todas as cadeias do ADN de todas as nossas células, obteríamos uma corrente tão larga que se estendería a plutão e regressaria à terra. É de facto muito largo!
O ADN é uma conexão directa com o nosso primeiro antepassado.

Ora vamos meditar um pouco sobre esta questão.

Em cada célula do nosso corpo há uma cadeia de coisas que têm permanecido de várias formas por 3400 milhões de anos, evoluiu, sofreu mutações, duplicou-se trilhões de vezes, no entanto conecta-nos directamente ao nosso primeiro ser vivo deste planeta. Poderíamos dizer que tocámos em todos os seres vivos que se anteciparam a nós com o nosso ADN.

Mas nós somos mais que o nosso ADN. O nosso organismo está composto por 70000 quatrilhões de átomos, isto é um 7 seguido de 27 zeros.
Cerca de 93% da massa corporal está composta por três elementos: Oxigénio, Carbono e Hidrógenio. O oxigénio e o hidrogenio encontram-se predominantemente na água do qual comporta cerca de 60% do corpo em peso. 
O carbono é talvez o elemento mais importante para a vida. Pode unir-se com outros átomos que permita a construção de cadeias compridas e complexas de moléculas ás quais compôem a nossa parte sólida. O restante 7% é uma viagem na tabela periódica de elementos:
Nitrogenio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, magnézio, cloro, ferro, flúor, zinco, cobre, iodo, selênio, cromo, manganésio, molibdénio, cobalto, litio, estrôncio, aluminio, silicio, chumbo, vanádio, arsénico e bromo. (ufff...)

(Por certo, isto significa que somos compostos por 0,5% de metal.. não importa qual o nosso gosto musical...)

Enfim, estes elementos conduzem a várias funções, como: permitir o transporte de oxigénio, contrução de ossos e estruturas celulares, envio de sinais, contrução de reacções quimicas, etc. O nosso corpo é um estado de transição constante. A cada 16 dias, 75% de "nós" somos substituídos, porque um humano saudavel intercâmbia cerca de 100% da sua água nesse período de tempo. A cada ano cerca de 98% dos nossos átomos são substituídos por outros mais novos, e a cada cinco anos, quase todos os átomos que constituem o nosso corpo não residiam em nós há cinco anos atrás. Assim que nos poderíamos considerar como uma colecção de átomos temporal.

Mas donde é que vieram estes átomos?

No começo do universo, estes eram na sua maioria átomos de hidrogénio e hélio. Enormes nuvens de gases formaram-se sobre os milenios e se tornaram cada vez mais densos, até que desabaram sobre a sua gravidade, dando lugar ao nascimento das primeiras estrelas. Nos núcleos destas estrelas, o hidrogénio converteu-se em Helio sob condições extremas. Após milhões de anos o hidrogénio esgotou e as estrelas começaram a morrer. Perante condições super extremas, todos os elementos que hoje conhecemos foram criados numa fracção de segundos antes de que morressem e explodissem e resultassem em supernovas. O seu conteúdo foi disparado para o espaço enquanto os nucleos colapsados converteram-se em buracos negros. Todos estes elementos viajaram pelo espaço sem saber durante quanto tempo, até chegarem a uma nuvem diferente que lentamente se estava a formar como uma nova estrela: o nosso sol.
Estes elementos que uma vez foram o interior de uma estrela, formaram planetas, e encontraram o seu caminho direito á terra onde permitiram que a vida começasse.

Assim que estamos directamente conectados às primeiras estrelas que nasceram no universo. Somos parte do universo.
A ideia de ser uma parte minuscula profundamente conectada a uma estrutura enorme, é realmente supreendente. Não sabemos o que significa tudo isto, ou, se significa algo. 
Sabemos que somos feitos de pequenas partes que nos conectam a todo o universo, ao inicio de tudo e este é um pensamento agradável:
Não estamos, nunca estivemos e jamais estaremos... sózinhos!

In; Youtube
Tradução: Carmen Dolores

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